A
primeira, vocês bem sabem. Foi quando a compra da rede social por Elon Musk
foi oficializada. Do lado de cá, em 1º de janeiro desse ano, decidi reativar
essa birosca com a intuição de que a coisa ia implodir... e implodiu. Acho uma pena. Hoje mesmo
acordei e, como uma memória muscular, peguei o celular e abri o aplicativo do
(e)X-Twitter para rolar a minha timeline.
Dois segundos mais tarde, percebi que não estava atualizando, o que era
esperado, dado o deadline da
meia-noite estabelecido pela Anatel para interromper os acessos.
Então,
a primeira coisa que me veio foi o Morpheus dando as boas-vindas ao Neo:
***
Não
pretendo buscar um substituto como muitos estão fazendo, ou por receio de se
perder presença online, não ter como divulgar seus conteúdos ou puro vício
mesmo. Na realidade, confesso que estou furioso comigo mesmo de ter publicado
tantos textos em algo tão efêmero e de baixa qualidade organizacional. Ontem,
antes do fim, me vi tentando salvar todos os comentários que fiz sobre os
dezenove livros lidos de 2021 para cá do universo literário de Fundação, de Isaac
Asimov.
Tive
êxito, claro, mas isso foi o mínimo. Compartilhei inúmeros pensamentos ou sentimentos sobre leituras e a vida acontecendo em tempo real. Acho que alguma hora a rede
social voltará, tamanho são os interesses econômicos e políticos envolvidos.
Talvez eu mesmo volte se ela voltar, no entanto, jamais voltarei a fazer o que
fazia por lá nas duas primeiras vidas do Twitter.
💀💀💀
Mais Morte:
Se
o Twitter estivesse ativo agora, o meu primeiro tuíte do dia teria sido uma
foto segurando meu volume de Morte.
Comecei a reler hoje cedo com a próxima gravação d’os Escapistas em mente; num
último retorno a nossa série Sandman Anotado. Aliás, a primeira vez que iremos
discutir um trabalho do Neil Gaiman após a avalanche de merda que vem enterrando sua reputação de bom moço.
Por
sinal, a introdução escrita pela Amanda Palmer, me fez olhar para a ironia do
destino, imaginando se sua atual ex-esposa, quinze anos depois[1],
ainda mantém o que disse sobre " [...]
como se pode avaliar a personalidade de uma pessoa com base em ela manter ou
não uma amizade decente com ex-cônjuges ou ex-amantes. Porque quem não consegue
manter a amizade nesses casos, provavelmente é um babaca ".
Fora
isso, é um texto bem qualquer nota, assim como a esmagadora maioria dos
prefácios da coleção dos 30 anos; no qual, notáveis são convidados para
apresentar os volumes e eles falam de qualquer coisa, menos do gibi. No caso do
relato da Amanda, metaforizando performances dela com a personagem Morte, soa até egocêntrico. Nada contra a artista que, por
sinal, é um case de sucesso no lance
do crowdfunding.
***
Por
ora, estou em negação, mas amanhã tem Flamengo e Corinthians. Me pergunto como farei pra cornetar
e xingar o Malvadão sem o ódio fácil e convidativo do velho Twitter (?!).
[1] A tal intro data de 2009. Eles se casaram em 2011, e a separação foi anunciada em 2022. Em tempo, o fofoqueiro de plantão dentro de mim crê que a linha “ Eu falo demais e frequentemente me meto em problemas ” dá indícios de uma senhora esfregada da cara no asfalto.
Meu camarada, como comentei contigo outro dia no Twitter, vou sentir falta dos seus comentários a respeito do que você tem lido. Vou tá de acompanhando aqui e caso vá usar alguma outra rede social, avisa. Abraço!
ResponderExcluirOpa, Matheus. Grande satisfação em vê-lo por aqui. Ehh... Eu vi que muitos estão migrando pra o Blue Sky e até elogiando o lugar, uma vez que, por enquanto, é menos poluído e tal. Sei que não é a mesma coisa, mas quero valorizar mais esse espaço, publicando, talvez, o que eu publicaria lá no Twitter. Vamo ver... De todo modo, a casa é sua.
ExcluirAcho que pra mim é tchau e bença, meu chapa. O que é uma pena, sempre gostei do Twitter pela possibilidade de despejar comentários sobre leituras que em outras plataformas dificilmente gerariam muito engajamento. Mas a mudanças no site e a insistência nas mesmas polêmicas vazias da “gibisfera” vinham me afastando aos poucos de lá. Vida que segue.
ResponderExcluirPreciso admitir que estou subindo pelas paredes, mas estou resistindo. Já abri e fechei várias vezes a guia de inscrição do Blue Sky. Serei forte. Quero voltar a ser uma pessoa (a)normal e me iludir que poderei resgatar os tempos áureos (?!) dessa birosca. Abração, compadre.
Excluir