" [...] de que não somos amados; de que o objeto de nossa afeição é frio e infiel... Por quê? Por que nunca vemos a traição nos olhos delas até ela ficar cara a cara conosco? Eu entendi tudo. Eles se viam desde o princípio. Provavelmente, planejaram o incêndio no museu de cera para me tirar do caminho. Quantas vezes? Quantas vezes ele subiu sorrateiro estas escadas do setor de livros e papelaria, passando pelo de acessórios de jardinagem até chegar ao departamento de roupas femininas? Quantas vezes ela tolerou meus beijos com desdém e escárnio, o tempo todo aguardando pelo sinal no céu que a avisaria de sua chegada? Quantas vezes? Sendo bem franco, isso não me importava mais. Eu não me importava mais quantas vezes, quantos homens e com que freqüência. Eu não me importava mais com números. Só havia um pensamento em minha mente, uma inabalável determinação: NUNCA MAIS. "
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Essa passagem pertence à história Barro Mortal, com roteiro de Alan Moore e arte de George Freeman, publicada em Batman Anual nº 11, de julho de 1987. Aqui no Brasil, foi lançada em fevereiro de 1988 pela Editora Abril, dentro da 6ª edição da segunda série mensal do Batman. Esse conto só voltaria a ser republicado quase vinte anos depois, em 2006, dessa vez pela Panini, dentro do encadernado Grandes Clássicos DC nº 9, dedicado integralmente ao barbudo. Fora de catálogo há um bom tempo, esse encadernado ganhou uma versão de luxo, trazendo novamente essa história em 2022; mas antes disso, também integrou a A Saga do Batman nº 1 em 2021.
O monólogo é de Preston Payne, o terceiro personagem da galeria de vilões do Batman a usar a alcunha Cara de Barro. Nela, ele está há alguns meses vivendo escondido em um shopping center, alimentando um insólito romance com um manequim que chama de Helena. Em algum momento, Payne começa a imaginar que está sendo traído e passa a acreditar que o Ricardão é o Batman. Trata-se de um singelo tratado de amor e ciúme, e a loucura que pode preencher as duas coisas.
Nas linhas a seguir, além de Barro Mortal, iremos ao encontro do arco Quadra de Lama, que desenvolveria posteriormente a condição de Preston Payne e o reuniria com os demais Caras de Barro.
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A primeira vez que encarei Barro Mortal foi justamente via republicação, em Grandes Clássicos DC nº 9. Uma curiosidade sobre a produção desse conto é que Alan Moore o escreveu após concluir o roteiro de A Piada Mortal, mas acabou que, provavelmente por conta do nível de sofisticação da arte do Brian Bolland, Barro Mortal acabou saindo bem antes, em julho de 1987; enquanto que Piada Mortal só viria à luz um ano depois, em julho de 1988. Como toda boa história, ela é atemporal. Se você estiver lendo esse texto daqui a cinco, dez anos ou mais, e tiver curiosidade sobre esse conto, vai lê-lo e ainda se deliciar com a delicada ironia presente aqui.
Pensando bem, pode-se dizer que esse tipo de HQ de super-herói anda em falta. Por que afirmo isso? Porque, hoje, via de regra, existe um excesso de protagonismo do personagem-título e, muito raramente, o leitor se depara com algo em que quem dita as ações no recordatório não sejam o próprio dono da revista; nesse caso, o Batman.
Vou até mais longe: a beleza de uma boa história do Batman está na condução de uma narrativa, talvez onisciente, mas que não sabe ou passe exatamente a ideia do que ele está pensando naquele momento. Algo que, na minha opinião, reforça o mistério sobre o personagem. O que tem para hoje, porém, tem sido um Batman nu. Um Batman transparente, que fala sobre suas angústias, suas paixões, sobre seus medos. Chora. Ele abraça. Abraça demais, e isso é tudo o que não aprecio no Batman contemporâneo.
E, veja só, num simples quadro aqui, o vemos estendendo a mão para o Cara de Barro, explorando, sem qualquer afetação, a compaixão como algo natural no herói. Então, é com muita alegria e tristeza que revisito Barro Mortal. Alegria, por reencontrar esse quadrinho excepcional. Tristeza, pela percepção de que as chances de voltar a topar com algo assim são bem remotas.
Do line-up da Saga do Batman inaugural, sem dúvida alguma, a melhor história é essa do Alan Moore com o Cara de Barro. Melhor, porém deslocada. Porque faria mais sentido segurar um pouquinho a mão e a relançar junto de Quadra de Lama, que sai originalmente entre Detective Comics nº 604-607 (1989); e no nosso Saga, dentro do Volume 13 (2022). Voltando um pouco a fita, esse arco de Alan Grant e Norm Breyfogle foi o destaque das edições nº 8-9 da 3ª série mensal do Batman pela Abril. Curiosamente, esses dois números saem sem um delay tão grande, que era a regra para época; precisamente entre setembro e outubro de 1990[1].
O que desde já fica bem claro, é que Grant procurou se inteirar sobre cada uma das quatro encarnações dessa alcunha vilanesca, mostrando uma aptidão pela pesquisa histórica que viria após aquele “Ano Vertigo”, dada a obrigação de, doravante, estar a par com as minúcias da cronologia do Universo DC[2]. Então, me parece seguro imaginar que o escritor passou os olhos no gibi do seu conterrâneo britânico e percebeu que havia ali uma deixa clamando por um desenvolvimento posterior, tanto é que o começo de Quadra já parte da premissa que Preston Payne está preso no Arkham, em companhia da manequim Helena.
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Karlo &
Hagen &
Payne &
Fuller.
O Cara de Barro original surgiu no princípio de Batman, na Era de Ouro, em Detective Comics nº 40 (1940); com roteiro de Bill Finger e arte de Bob Kane. Isto é, treze edições depois da estreia no nº 27. No Brasil, foi chamado inicialmente de o “Cara Suja”. Na realidade, ele era só um ator de filmes B chamado Basil Karlo, que se revolta ao descobrir que o estúdio faria um remake de seu maior clássico e acaba assassinando alguns atores da produção. O Batman entra em cena, justamente porque uma das atrizes da produção era Julie Madison, um dos primeiros interesses amorosos de Bruce Wayne.
Ao ser capturado, percebe-se que Karlo não passa de um homem com maquiagem grotesca simulando barro. Sua soltura só se daria em Quadra de Lama; editorialmente falando, foram quase 50 anos de cárcere! Na história de Grant e Breyfogle, parte dele a iniciativa de reunir os seus sucessores numa vendetta contra Batman, contudo, com uma agenda própria. Na recém-lançada série animada, Cruzado Encapuzado, ambientada nos anos 1940, Karlo é retratado como um ator que deseja melhorar sua aparência e se submete à fórmula experimental de um cientista. O resultado não é o desejado, mas lhe confere a capacidade de emular os rostos alheios.
Matt Hagen foi o Cara de Barro II e, provavelmente, o mais conhecido. Também criado por Bill Finger,
mas com arte do Sheldon Modoff, seu debute se deu em Detective Comics nº 298 (1961). Trata-se de um caçador de tesouros que encontra uma caverna cujo interior havia uma
piscina radioativa de protoplasma. Ao se banhar acidentalmente nesse lamaçal, ele desenvolve poderes transmorfos, superforça e invulnerabilidade. Todos, porém, temporários, o que o impunha voltar à câmara secreta para mais banhos. Em Lendas do Cavaleiro das Trevas nº 89-90 (1996), Alan Grant e Enrique Alcatena se juntam para dar novas camadas a essa origem.
Chamada simplesmente de Barro - inédita no Brasil -, a história tem lugar nas três primeiras semanas de Bruce como Batman. É explicado que Hagen acha a tal caverna ao fugir dos capangas do Chefe Xylas, o qual tinha passado a perna num roubo de diamantes. Lisa, sua namorada, ficou para trás e, eventualmente, ele vira o Cara de Barro e a liberta dos homens que a ameaçavam. Batman o vê destroçando os bandidos e tenta intervir. Não dá muito certo. Nada certo. Grant vende a ideia que foi nesse encontro que Batman descobriu da pior forma a existência de metahumanos. A experiência foi tão traumática que, ao se recuperar dos ferimentos, Bruce pede para atualizar seu testamento; fora a crise de insegurança que lhe acomete nos dias seguintes. Ao superá-la, ao domar o próprio medo, não importa a ameaça, humana ou super-humana, ele daria conta, controlaria o mundo.
Todavia, o momento mais desconcertante de Barro é quando Lisa - a única outra pessoa que conhece a localização da piscina -, se vê exaurida com a mudança de Hagen, e pede para acabar o relacionamento. Eles se despedem num último abraço; para ela, literalmente. Já o namorado lamacento, se despediria, ou melhor, seria uma das vítimas da Crise nas Infinitas Terras. Inclusive, a participação em Quadra de Lama é mínima, numa tentativa em vão de usar os "restos mortais" para restaurá-lo.
Recapitulando: O Cara de Barro já foi um artista e um aventureiro. O próximo seria um cientista. Preston Payne era um pesquisador que sofria de acromegalia com hiperpituitarismo crônico. O tal gigantismo. Por conta de sua aparência, Payne tinha sido uma criança complexada, sem amigos e com Q.I. de gênio. Quando adulto, ele se emprega nos laboratórios DELTA e se especializa em doenças hormonais. Em algum momento, ele se interessa pela condição de Hagen e o visita na prisão, coletando uma amostra de seu sangue.
No laboratório, consegue isolar uma enzima que quando injetada no sangue tornava seus tecidos maleáveis. Dá tudo errado e aí ele não conseguia mais se manter sólido; para não derreter, projeta um traje de contenção similar ao do Senhor Frio. Mas o principal problema era que, o toque dele reduzia outras pessoas a protoplasma. Daí para sobreviver, periodicamente, ele tinha que liberar esse poder sobre outras pessoas. Daí a culpa de ter que fazer isso periodicamente acaba deixando-o louco; como vemos em Barro Mortal.
A Cara de Barro, ou Dama de Barro, chama-se Sondra Fuller. Criação de Mike W. Barr e Jim Aparo em The Outsiders/Renegados nº 21, igualmente inédita por aqui. Aliás, essa série funcionava como um Volume 2 de Batman and The Outsiders e, infelizmente, nenhuma das 28 edições foi lançada pela Abril na época que a editora cuidava da DC. Cá entre nós, seria um "Saga" que eu certamente pegaria se rolasse. E no caso de nossa Sondra Fuller, como Renegados nº 21 nunca saiu, a primeira aparição dela para o leitor BR acabou sendo mesmo em Quadra de Lama.
Fuller era uma agente da organização Kobra, que aceita se submeter a um processo para ganhar os poderes de Matt Hagen, sendo que a transformação dela era irreversível. E ainda tinha o trunfo de mimetizar os poderes de algum super-humano que ela assumisse a forma. É revelado, inclusive, que a vilã topa se submeter a isso pela baixa autoestima, por se achar muito feia. Então, passa a usar a imagem de atrizes e celebridades até um ponto que fica depressiva por não poder ser mais ela mesma. E como visto em Quadra, são as visitas dela a Basil Karlo na prisão que idealizam a reunião dos Caras de Barro.
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Na realidade, todos são ludibriados e explorados por Karlo numa busca por poder, que o faz mesclar as amostras de sangue de Payne e Fuller, injetando o composto como um o soro em suas próprias veias. O resultado é uma abominação que se autodenomina de Cara de Barro Supremo. E, ainda que traídos, os Caras de Barro III e IV acabam se engraçando e formando um casal, com um final (divertidamente) antecipado para o par, deixando para que o Batman e a Divina (dos Renegados) deem conta do Supremo. No clímax, Karlo chega a extrapolar tanto o poder originário de Payne, que ele acaba derretendo o chão e atravessando indefinidamente a crosta terrestre.
Dali então, ele jamais voltaria a ser visto a não ser em Terra de Ninguém, no Robinson Park, tentando dominar Hera Venenosa; só para perceber que não podia lidar com a fração do Verde que ela detinha. Ironicamente, Karlo é transformado em solo para o cultivo de alimentos para que Batman pudesse distribuir aos desabrigados. Para fins de registro, a edição em questão era a Detective Comics nº 735 (1999), com Greg Rucka e Dan Jurgens.
Quanto a Payne & Fuller, eles passam a viver afastados da sociedade e até concebem um filhinho e o batizam de Cassius... O que é uma bela ironia do escritor escocês. Porque se você acrescenta "Clay" de Clay Face, que é o nome inglês de "Cara de Barro", temos o nome "Cassius Clay". Isto é, o nome de batismo do boxeador Muhammad Ali. Mas no Brasil da Editora Abril, acredite, chamaram o bebê de "João de Barro". Dá até para extrapolar mais nessa brincadeira dos sobrenomes, porque "Payne" deriva de "pain" ou dor; "Fuller" detona algo "mais completo" e, paradoxalmente, tudo o que Sondra não é, é uma pessoa dona de si... completa. Nesse ponto, Grant acaba extrapolando a ideia inicial de Moore, brincando sadicamente com pessoas quebradas, entrando de cabeça - até de manequim - em relações abusivas.
A família Payne levava sua vidinha (quase) bucólica até que o assassino Matadouro - na época do Batman Azrael -, está passando pela área deles e sequestra o menininho enquanto os pais tinham saído para uma caminhada. Desesperados, eles precisam voltar a Gotham para reaver Cassius, porém, topam com Jean Paul-Valley e o casal acaba na custódia dos Laboratórios S.T.A.R. Tudo isso acontece em The Shadow of the Bat nº 26-27 (1994), com Alan Grant e Bret Blevins. Bem mais tarde, em Batman nº 550 (1998), de Doug Moench e Kelley Jones, descobriríamos que, diferente dos genitores, o filho - ou o Cara de Barro V - foi parar no DOE, o Departamento de Operações Extranormais.
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Em meados de 2023, enquanto começava a fazer essas releituras, eu fazia anotações e crescia uma vontade irresistível de produzir uma série de podcasts em torno dessa temática. O desafio seria imenso, porque realmente gostaria de conduzir papos sobre o run de Grant; que é, inegavelmente, meu escritor quiróptero favorito. Só que a (minha) realidade me fez recobrar o juízo, mas não antes de gravar um programa órfão:
Nele, Reginaldo Yeoman e Marcelo Miranda - com o Do Vale nas vinhetas - se juntaram a mim numa conversa que se debruçou em alguns pontos desse texto. Esse "Detetive Cast" - como chamo Os Escapistas dedicados ao morcego - não constará no feed oficial e foi desmembrado em duas partes. Uma sobre Quadra de Lama, disponível acima para download ou ouvir aqui mesmo; e a outra sobre Tulpa, com O Demônio de Jack Kirby, a ser publicado no nosso próximo resgate psíquico. 😈
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Links Afiliados
[1] Uma coisa que me chamava a atenção na publicação da Abril eram as fichas no final, detalhando os aspectos técnicos e a origem de cada Cara de Barro.
[2] E isso não foi à toa. Com o sucesso em Detective Comics, não demorou e Alan Grant passou a encabeçar outros trabalhos paralelos. Dentre eles, passou a dividir os créditos com outros escritores e artistas por cerca de quarenta edições de L.E.G.I.O.N (1989), também quarenta em The Demon (1990) e sessenta e cinco em Lobo (1993).
Adorando essas tuas andanças pelo Batman do Alan Grant com o Breyfogle. São contos com uma voz e identidade muito marcantes. Entra nisso do Batman mais sensível ou, vá lá, empobrecido de bens e de atitude pra se encaixar em demandas contemporâneas de leitores que não sei mesmo se leem o personagem. Mas penso que é passageiro, uma falta de prumo, desvio de rota que talvez não dure mais muito; não há sutilezas, cansa.
ResponderExcluirE como é bom esse arco dos Caras de Barro. E muito da força da trama tá no traço poderoso do Breyfogle. O cara era um monstro:
Abraço, meu chapa!
Do Vale, quando eu estudava na pós o lance dos mitos p/ minha dissertação, tinha uma parada chamada remitologização; que era nada mais que dar novas roupagens aos mitos clássicos. Só que de tanto esticar a corda em movimentos de barganhas no toma lá, dá cá das atualizações, uma certeza que sempre pairava essas remitologizações é que mais cedo ou mais tarde, os nossos olhares - e dos próprios produtores culturais - começaria a rebobinar a fita e olhar pra o começo de tudo. Eu começo a enxergar sintomas de que isso talvez já esteja acontecendo, dado o sucesso da animação Cruzado Encapuzado e o quadrinho Primeiras Noites, de Dan Jurgens e Mike Perkins. Torço p/ que não pare por aí.
ExcluirBrigadão por ler, meu amigo.
Eu simplesmente amo "Barro Mortal".
ResponderExcluirA narrativa de Moore é fantástica, muito bem calculada e, ao mesmo tempo, natural. E George Freeman... Que talento! Antes do Grampá, ele discretamente já tinha brincado com a composição de formas pra refazer o design do morcego na elipse amarela! Fica ao lado de Kieron Dwyer, Mike Zeck e Mary Mitchell na ala dos grandes desenhistas que lamentavelmente pouco desenharam o Batman.
Luwig, eu também sinto uma falta danada de histórias com a pegada de "Barro Mortal": eventualmente autocontidas, brilhantemente narradas, explorando pontos de vistas diversos e brincando com as possibilidades sem se perder em traquitanas tecnológicas.
Aos trancos e barrancos tenho feito a coleção de "A Saga do Batman" justamente porque sempre encontro isso nas histórias de Alan Grant, que faz com Norm Breyfogle a minha dupla criativa favorita no Morcego. São histórias muito envolventes, com um Batman detetivesco, humano sem perder a astúcia, lidando com questões sociais e políticas muito interessantes, que de forma natural você revisita. Meus surrados formatinhos da Abril que o digam!
Mas pra não ficar só na nostalgia, cito uma HQ recente que tem um gostinho desse tipo de história: "Quem Ousa, Vence", de Batman (3ª série - Panini)#52. Foi um belo achado em meio a tantas bobagens que andam publicando.
Abraço!
P.S.: Grandes Clássicos DC#9 é uma aula pra quem quer criar quadrinhos. É talvez meu item favorito da coleção - tenho dois exemplares e onde achar compro de novo. Recomendo pra quem não tem que procure esse volume mesmo! A reedição em capa dura além de não trazer "A Piada Mortal", nos priva de alguns textos editoriais preciosos.
Valdemar, eu confesso que gosto do traço do George Freeman em Barro Mortal, mas nunca fui tão longe. Na verdade, não me lembro de nenhum outro trabalho dele em outro gibi. Por outro lado, não são só histórias assim que fazem falta... Artistas assim também, que desenham pra história e não dependem de artifícios de cores ou efeitos computadorizados pra compor uma cena. Obrigado por ler, meu caro.
ExcluirCaramba Luwig!!! Passando aqui para agradecer essa pedrada de texto sobre o Batman Grantiano, ainda com o bônus da história do Mago de Northampton. Que pesquisa meu caro! Que pesquisa! E fico feliz de ver aqui pelos comentários mais admiradores da fase Grant/Breyfogle. O brilhantismo destas histórias do Alan Grant é que ele não tenta reinventar a roda, mas extrai aquilo de mais essencial que o personagem tem, sintetizando, como poucos, os elementos que fazem do Batman um personagem único. Talvez, só o Bruce Timm e o Paul Dini tenham conseguido esse feito em Animated Series e, vamos lá, novamente o Paul Dini nos 2 primeiros games da série Arkham. Estes 3 exemplos (Batman do Alan Grant, Animated Series e os games da série Arkham) funcionam, pra mim, como um greatest hits com tudo o que define e faz única, a lore do Batman e do universo de Gotham.
ResponderExcluirBom vê-lo de volta por aqui, Igor. Na realidade, acho que a animação dos anos 90 é puro Dennis O'Neil e Alan Grant. Do meio pro final, me parece que a coisa envereda pra o Chuck Dixon e Doug Moench. Aliás, referências irrepreensíveis. Logo mais volto com um texto sobre os encontros com o Etrigan. Grande abraço.
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